Nova aquisição lá de casa

As meninas lá de casa, volta e meia, aparecem com alguma novidade. Dessa vez, foi a cafeteira Globinho. Elas estavam loucas por um ar retrô, que trouxesse o requinte e sofisticação das mais seletas sapatonas. Não é um Karmanguia, mas tá valendo!

O interessante foi que na primeira tentativa de passar um café, não obtivemos absoluto sucesso, pois faltou um combustível eficiente. Havia apenas álcool hidratado. Por uma questão de teimosia, acabamos passando o café segurando o maçarico de flambar embaixo do reservatório de água. Nada econômico, nada sustentável, mas rolou. Na segunda tentativa, depois de passar no mercado e comprar álcool apropriado, tentei passar novamente. Quando chegou no final do processo, onde deveríamos ter o mais saboroso e aromático café, explodiu a tampa da cafeteira e lambuzou toda a cozinha de borra de café. Além do café não ter ficado tudo aquilo, passei parte da minha tarde limpando a cozinha e pensando se algum dia ainda voltarei a usar a tal cafeteira. Acho que vale a terceira tentativa pra tirar a teima, mas essa, vou passar na entrada do prédio ou envolver a cafeteira em uma lona. Só pra garantir…

A cafeteira Globinho é um acontecimento. Não funciona direito, mas faz a linha bonitona. Do design do produto ao bigodinho do conquistador da embalagem... naipe inconfundível!

Chama um táxi pra Amsterdam!

Mazzo é um restaurante com veia italiana em Amsterdam. Como vários lugares de lá, é super estreito e comprido, tendo um bar na primeira parte onde se pode pedir um bom espresso ou tomar um drink no balcão. Super elegante e informal. Tem uma decoração bem peculiar que garante esse astral mais intimista e caloroso. As fotos nas paredes são um arraso. Retratam de maneira bem particular e inovadora relações íntimas de pessoas com comida. Fiquei louco pra conhecer. Dá uma espiada no lugar e, se souber um pouco de holandês, dá uma bisbilhotada no site.

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Sanduíche sem nome

Ideias em dias ensolarados, de grama, de pano, comida, mato e queridos.
Café, doce de uva, suquinho. Violão do primo e do amigo, mãe do amigo, filha da outra amiga, amigas minhas agregadas e as protagonistas da novela “A colona e a nipônica”. Tudo perfeito no parque.
Por um tempo antes, plano. Preliminares perfeitas, de pique-nique. Passando café, cortando legumes, mexendo batata salsa na panela, misturando limão siciliano com azeite. Das mãos da Vanessa saíram sanduíches capazes de fazer duendes se revelarem no parque pra roubar um da cesta. Ou toda a cesta. Deu tão certo que seria uma gafe tremenda não postar aqui a receita.
Sanduíche Sem Nome da Vane

O que vai?
– Purê de batata salsa (mandioquinha ou batata baroa, depende do chão que estiver pisando). Aqui você amassa a dita batata salsa cozida com um pouco do próprio caldo, azeite de oliva extra virgem e sal;
– Fatias de abobrinha sapecadas com um fio de azeite;
– Tomates maduros e frescos, em fatias também;
– Molho de azeite, alho e limão siciliano, claro, toca sal e pimenta nessa mistura;
– Pão francês. A marida sugere preto. Pão preto (obviamente vegano, nai, Vanessi?)
Como montar?
Abra o pão, passe uma generosa camada de purê, acrescente fatias da abobrinha sapecada, fatias de tomate e o tal molho de limão. Tá pronto. Fica cremoso, colorido, com texturas diferentes… tem que provar!
Gosto do jeito dela cozinhar.
Depois de muito enrolar e comer sanduíches e ficar de papo na bancada da cozinha, perdemos parte da tarde, mas pegamos um sol gostoso e ficamos cultuando o ócio junto com bons amigos. Pinotes e manifestações de yoga e kung-fu tornaram a tarde ainda mais pulsante e divertida. Adoro aqueles dias ensolarados em que estou mais empolgado que as crianças. Parece que a vida passa em outro tempo. Quando falo de outro tempo, é outro tempo mesmo. Não tem relógio, é uma tacada de nostalgia que nasce da euforia dos pulos e da comida gostosa misturada com o verde e com nome de pique-nique. Dá pra imaginar domingo melhor?
Som que retrataria a tarde.

There’s too much to love, Belle and Sebastian.